sexta-feira, 17 de setembro de 2010


Galera, http://terceiroparagrafo.blogspot.com é o novo endereço do blog no qual estou escrevendo. Como tem gente que ainda passa por aqui, resolvi dar o toque. Abraço.

domingo, 2 de agosto de 2009


As coisas não são assim, como sonho.
Mas meus sonhos são assim, como sou.
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A vida é, e somente é, fases.
Então por que se prolongar?

segunda-feira, 6 de julho de 2009

0405/07/2009


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Feliz mesmo é pensar que o dia não tem apenas 24 horas.



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domingo, 5 de abril de 2009

.Pés,o

O peso nos toma decisões.
Decisões, às vezes, são pesadas demais.
Nem sempre a vida é escolha.
E não estranhe minha estranheza.
Eu sou do tipo que compra um livro apenas pelo cheiro de algumas centenas de páginas amareladas.


Paixão é poesia - paixão passa, poesia não.

domingo, 29 de março de 2009

Uma pensamento sobre relações:

... a gente também aprende que o que importa não é ser eterno.
O que importa é ser intenso.
O tempo é algo bem pessoal.

De forma eterna
E terna.
_disse a ele.

domingo, 1 de março de 2009

Sem inspiração, um poeta apenas inspira
É missão do poeta expirar
E não é que eu seja poeta
Mas minha inspiração não mais respira
Por enquanto, estou sem fôlego.

"Eu já posso comer, dormir e não pensar."

sábado, 21 de fevereiro de 2009

sem cores.

Menos a cada dia.
A cada dia me sinto mais.
É triste saber que algumas pessoas estão diminuindo.
É triste ser diminuído por algumas pessoas.
Mas entre tristezas e tristezas, existem trocas altamente lucrativas.

p.s.: foi só um grito de ex-dor.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Gelo queima!.
Congela.
Der
re
te.
C-o-r-r-ó-i.
Gelo diz contradizendo-se.
De qualquer forma é gelo.
Se não formar, não foi.

Só l

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E o sol tem dormido bastante atrás das nuvens.
Tá tudo escuro por aqui, Dorminhoco.
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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

ache~

Eu ando vomitando pra ver se consigo tirar você de dentro de mim.
Esse sabor é bem amargo.
Costuma queimar.
E dói.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Retalhos~

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_O fato é que você ouve isso de muita gente. Por isso acaba tornando-se tudo muito comum e desigual. Quem sabe, igual demais. Mas eu te amo da minha forma, e como poucos, talvez.
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-
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_O fato é que muita gente usa o verbo como uma expressão cotidiana. Normal. Igual. Desigual. Eu te amo de uma forma anormal.
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"Disseram, então."

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

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Defenestrando meus antigos modos e costumes.

Tentando adaptar uma maneira a mim


Novo momento, novo percurso.

Um objetivo.

Espera do fim.


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Recomeçar~


Hoje não tem nada pra amanhã.
Além de expectativas e vontades.
Além de medos e dúvidas.
Além da espera.
Além, haverá alguma coisa se formando em algum lugar.
Mas são só rascunhos - inacabados.
Vou dormir, agora.
Criando a vida das minhas certezas.
Esperando o suicídio.
A certeza, daquelas certezas.


"Falta muito pouco tempo pra esse tempo acabar."

Acréscimos.


Ela é madura.
Mas não deixa de ser uma garota de quinze anos.
E garotas de quinze anos crescem ou param.
Ela continua crescendo.
Demasiadamente.
Às vezes sinto-a pisando sobre mim, com seu salto fino, o primeiro.
A cada dia um plano, a cada dia mais.
Mais de mim e mais dela.
Eu não conheço o ingrediente que a compõe.
Mas ela tem um sabor agridoce.
Dose de água e álcool numa garota de quinze anos.
Chão e céu.
Fuga. Fogo.
Mas ela é.
Tem quinze anos e já é.
Será?



"Palavras de um estado até outro estado; se mostram"

foto: Vale.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

[Completo]~


A hora é boa, mas o tempo é curto.
O tempo é mesmo avesso ao que de bom, a nós, parece ser.
Hoje é dia de despedida.
Ontem foi uma noite de segredos.
Segredos dos outros que agora são meus.
As visitas serão menos frequentes.
As palavras serão as que conheço há tempos: de tinta e suor.
Mas minha necessidade continua.
Vez ou outra eu volto.
E quando eu voltar, espero você por aqui.
Segurando a minha mão, a lembrar de um tempo que, deveria, mas não se atrasou.


"O mesmo tempo num outro momento;
a mesma pessoa num outro estado;
os mesmos e a mesma dúvida;
a mesma interrogação."

domingo, 1 de fevereiro de 2009

t[ermos]~


As palavras descansam no meu colo.
E enquanto cochilo, sinto palavras de carinho a me fazer cafuné.
O dia sorriu.
Mas já é noite.



"Enquanto viver, serei mudança."

sábado, 31 de janeiro de 2009

Diá[ri]o~


Sei que água salgada, um mundo de areia e uns poucos e bons amigos resultam em bons sorrisos salgados, intensos. Mesmo estando longe de um nome que, na verdade, não existe continuo me sentindo próximo e próximo, vejo-o cada vez mais longe e longe. No meu all star, no meu pulso, na minha parede está pregado um nome. Um nome que eu ando desistindo de saber a quem pertence. A quem pertenço? E de cima, posso ver as luzes amarelas que me tomam o meu nome e me mostram outros nomes. Mas quando as luzes se apagarem será outro dia no mesmo dia. Diferente. E é só isso que sei.



"Minha memória é fraca, só por isso escrevo."

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

hah[ah!]a~


Colei uma mentira na porta da geladeira, serrei meu sono e ele não pôde meus olhos cerrar. Joguei uns trapos numa mala vazia e saí caminhando, tentando preencher o vazio que fazia trapos de mim. Depois saí cantarolando, enquanto os pneus rolavam ininterruptamente, me levando até onde minha vontade decidia. E agora é aqui. Agora. Na linha do horizonte, vendo o céu e o mar. A sentir uma brisa movendo os meus olhos para um lugar que vejo blocos de concreto sustentarem nuvens que livremente parecem dançar.



"A sua voz me cansa, mas preciso [e quero] você por aqui."
foto: S. Rodrigues

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Inconcl[uso]~

Acredito que, com o tempo, criamos as respostas que achamos menos absurdas e que se adequam mais às nossas necessidades. As pessoas gostam de se sentir seguras, longe dos seus medos e possíveis frustrações. E sendo cada pessoa dona de seu próprio mundo, passam a criar pilares de apoio e tetos para seu abrigo. É muito ruim se sentir só. Sem ninguém. Ao menos a maioria das pessoas acha ruim. E já que os humanos têm uma estranha mania de em algum momento ser decepção, resta apenas recorrer ao que não é carne, osso ou matéria. O que não podemos ver ou tocar, fica mais isento de questionamento ou desilusão. O fato é que quando se está só e não se pode para ninguém gritar, a solução é inventar o que mais pode trazer tranquilidade. O ser humano é bom nisso. É criativo, inventa, quando quer, o que quiser...


"Es[crê?]Vendo."

~[]

Daqui a pouco é inverno.
E tudo fica muito frio.
Com o tempo, sente-se muito frio.
Fica-se frio.
A estação tem um final.
Espera-se que os planos não passem de gotas de água.
Congeladas.
"As palavras que não passam de palavras."

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Aos m[eu]s~


A vida tem um estranha mania de levar para longe aqueles a quem a gente quer tão bem. Ainda não entendo se ela quer ensinar alguma coisa; o que quer ensinar, afinal insiste nessa idéia de ser professora. Não sei se ensinar a viver mais por si só, ou ensinar a ser menos dependente. A verdade é que eu não sei. Às vezes, eu acho que a vida gosta mesmo é de castigar. Tirar de perto os que perto sempre estão, estavam. A distância distancia, é fato - quase sempre. Mas quem está no interior, pode ir até para a capital. Todavia sempre estará no interior. No interior que é de todos e no interior que é de cada um. Assim acontece com aqueles que nesse momento foram, mas que para sempre estarão - aqui.



"E quanto tempo demora pra ver todo mundo outra vez?"

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

meni[nice]~



É tudo muito pudico nessa fase pueril. As coisas simples são grandes e essenciais. Os medos são apenas arrepios. Fugazes. E apesar do pequeno tamanho, elas são assustadoramente gigantes – por dentro. Quando se é criança é tão fácil voar, tão barato. Paga-se apenas vinte e cinco centavos a um homem que grita “Olha o algodão doce!”, e você vai até o céu. E sem perceber, tudo ganha cor e sabor – sua língua é rósea, e seus dedos são doces.



“Os preços variam de acordo com o tempo, o lugar.”

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Desu[só]~


As palavras são poucas.
Mas as idéias são muitas.
As vontades são infindas.
Mas os impulsos são ínfimos.
Os gritos são ensurdecedores.
Mas o silêncio é demasia.
O momento é confuso.
Mas o tempo deixa tudo.
Obsoleto.



“Presença do meu presente – um presente.”

domingo, 25 de janeiro de 2009

[Lá]nçar~

E, às vezes, agitado é ficar quieto no lugar. Sair visitando todos os lugares que desejar, sem mover um músculo sequer. Respirar emoção e fantasia, inalando segundos de fixação. Fixar-se nos seus desejos e ser o que quiser, ao menos por fugazes momentos. Jogar os seus medos ao léu, e expor seus segredos sem dizer uma palavra. Deixar de ser prolixidade e ser apenas resumo, junto daqueles cujos sorrisos compartilhados me fazem tão bem. E enquanto vivo o meu presente, vou delineando o meu passado com tinta azul e um pedaço de papel, alimentando o meu futuro com futuras recordações de uma idade que é só alegria, poesia e pés que não param no chão.


“E tem sido o mais próximo de mim.”

sábado, 24 de janeiro de 2009

Explo[são]~

Então eu decidi fantasiar as minhas vontades. E hoje eu quero ser objeto. E já que “saco vazio não pára em pé”, quero agora é flutuar. Desprender-me desse meu chão que me faz hipócrita. Deixar de ser subterfúgio. Falar e ser, por alguns minutos, apenas verdade. A minha verdade, que pode não ser a sua. Correr para longe, bem longe das futilidades, que me fazem mal. Esquivar-me dos indubitáveis princípios que só valorizam a ética e a moral de quem quer ser só mais um número benquisto aos olhos da maior parte. E que eu me desligue do que é feio ou bonito pelo veredicto da maioria. Eu quero é ser um só. E não pretendo ser só teoria. Desligo-me porque isso pode ser contagioso. E não acho bonito vomitar na frente do espelho.



“Fatos e fatores me levam até um ponto que eu desconheço o final.”

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

sin[o]pse~

E meus dias têm sido dias de espera.
Ontem eu esperei por hoje.
Hoje eu tenho que esperar por um dia – que eu não sei quando será.
E esperar não me dá prazer.
Mas tenho preferido assim.
O amanhã que, com certeza não será amanhã, me dá medo.
Ações e reações podem custar noites em claro.
Lágrimas ou sorrisos a fio.
Resta-me só a esperança de um ponto – que pode não ser final.
Agora vou esperar.
Porque nisso aprendi a ser bom – demais.




“Todo mundo espera que, em algum momento, haja esperança.”

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Ac[aba]ndo~


Hoje eu pintei o papel com a água da chuva. Acabei por rasgá-lo. Tentei, com grãos de areia, fixar pensamentos que me eram visitantes. Acabei num devaneio, pois o vento fez dos meus pensamentos poeira. A verdade é que eu procurava algo muito sólido, ou um líquido que pudesse me tocar. Mas resolvi então, escrever com o cheiro da terra molhada. Rasguei o papel e inalei a fragrância, que era terra e água invisíveis. Acabei por descobrir, que hoje, não era eu quem brincava de escrever. Dentro de mim, corriam livremente, grãos de areia e gotas de água brincando com uma palavras - as que eu não pude dizer.


"Eu gosto de escrever no limbo porque lá nem todo mundo pode chegar."

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

in[útil]idades~

Quando não se tem nada pra falar.
Não se fala nada.

Mas em todo mundo, há uma necessidade de preencher lugares vazios.
Cada passo, preenche um espaço.
Eu não consigo escrever branco em brancos papéis.
É inútil.
Eu gosto de coisas inúteis.
Mas cores me são muito mais atraentes.
E hoje, essa é minha última cor.
Até que eu novamente acorde para tomar café, junto dos primeiros raios do Sol.



"Quando não se tem nada pra falar. Não se fala[...]"

Antigu[idades]~ sem trema ¬¬'

Estou no Sul! De um tempo pra cá, vivo no Sul. Aprisionado no meu passado, que agora é meu presente. Às vezes eu acredito que a maior dor que morte a traz, não é a lembrança do passado. Na verdade, com certeza, é a ausência do futuro. Quem morre, rouba. Rouba sonhos, esperanças e planos. Quem morre, mata a vida viva e a vida que já é morta. Afinal, para alguns, alguns são sua vida. E sem vida, acredito eu, não há como se viver. Mas os que morrem são perdoados. Essa história de "pra sempre", ainda não contempla aqueles que são só mortais. Estou no Norte! Na verdade eu sempre estive no Norte. Errado eu estava. Corrigido eu fui.




"Luz em excesso impossibilita a visão."

Trans[formar]~

Eu só quero alguém que tire da minha cabeça o maldito vestibular.
Só quero parar de conjugar, sem parar, o verbo estudar.
Eu estudo.
Tu estudas.
Ele estuda...
E isso é que é ruim.
Tu estudas e ele estuda.
Então, tenho que estudar mais do que tu e mais do que ele.
Além de estudar, estudar, estudar...
Há, ainda, as dúvidas que não cessaram.
O que fazer?
Onde fazer?
O fato de estar divido entre o que dá dinheiro e o que dá prazer, me faz ficar mais inquieto e agoniado do que já estou.
Por que não posso ter prazer e dinheiro ao mesmo tempo?
Agora entendo por que prostitutas costumam não desistir de sua profissão.
Estou com sono.
Acho que não estou bem.
Espero que ao dormir, não sonhe com o maldito vestibular.

"kkkkkkkkk! Escrever merdas é muito, muito divertido."

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

[Procurado]!~

Procura-se um amigo que esteja sempe ao meu lado. Sonhando, voando, pisando no chão junto comigo. Procura-se um amigo que hoje eu ainda não vi. Procura-se aquele. Aquele que quando está por perto, o preto e o branco tornam-se o colorido que sorri pra gente lá do céu. Salienta-se que esse amigo existe e, sempre que pode, está ao meu lado.


"São nuvens? Não. São doces algodões cujo sabor eu desconheço."

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Tem[po(r)²ada]~

Hoje eu quero gastar meu tempo com bobagem. Curtir a malandragem de uma idade que daqui a cinco segundos já passou. Hoje eu vou dar um pontapé no meu medo, fechar os olhos e sair abraçando os medos que eu sempre quis ter. Vou pegar minha passagem, e levar pra ilha deserta aquela pessoa cujo nome eu sempre quis pôr no velho caderno de perguntas. Vou sair esbravejando por aí que tô de mal com o tempo, por tudo que ele não pôde me proporcionar. Vou sair tamborilando na barriga da vida, fazendo cócegas até ela gargalhar. Voarei alto cantarolando desde as cantigas de roda até a música que hoje é moda, vou voar voar voar. Dei um soco na cara do tempo, e desmaiado ele ainda deve estar. Mas agora deixe-me ir porque o tempo está passando, ao mesmo tempo estou sonhando, tenho medo de a gente acordar.


"Faz tempo que o tempo me dá um tempo."

domingo, 18 de janeiro de 2009

[mó!]vimento~

Eu não gosto de tudo muito parado.
Eu gosto de movimentos, cores e sons numa miscelânea qualquer.
Eu gosto de fazer da noite dia, do dia noite ou torná-los um só.
Gosto de desrespeitar horários, fugir do controle, quebrar a regra.
É bom ser regra.
Vez ou outra, bom mesmo é ser nada.
Ser só mais um número da grande massa.
Ser só ação, só pensamento.
Ser só mais impulso daqueles que quando se olha, já foi.
Bom é ser calmaria e explosão.
Bom é ser toque.
Bom é ser um estoque de vontades.
Quando der na telha, subir no telhado e gritar.
_Eu sou do mundo!
É tempo de sonhar.
É tempo de mudar, sentir a vida deslizando em pensamentos e fatos leves e eufóricos.
É tempo de romper com a monotonia e namorar a emoção.



"Pessoas inteligentes cresceriam sem crescer."

sábado, 17 de janeiro de 2009

Ro[ti]na~

Tem coisa que é só rotina.
São círculos rotineiros - estranhamente viciosos.
São só automações.
Sinonímia ligada a versos e reversos.
Díspares emparelhados.
Costuma-se ter o costume.
É apenas um tic-tac, novo de novo.
Onomatopéias.
Passos, gestos, sons.
Da minha maneira crio o meu jeito.
Conquisto meus trejeitos.
Geram a minha identificação.
E agora minha função é definir.
A sua função é discordar.
Só então, rotineiramente dormir.
Para hoje mesmo, rotineiramente acordar.
Num estridente grito, em inaudível som:
_Até mais ver! - como de costume.



"Eu só quero que você seja constante. Só."

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Res[pirar]~

Constante.
Ininterrupto - na maior parte do tempo.
Respirar. O ar.
Indo e vindo, pausadamente.
Dizem que não, mas é sólido.
Apressadamente, lentamente.
O ar explica a emoção.
Respirar é emoção.
Tão comum, tão necessário.
Por vezes, imperceptível.
Na falta o percebemos.
Necessita-se do ar.
Doar.
Preciso ser breve.
Portanto, licença.
Eu preciso respirar.
Porque meu ar tem nome, codinome e cor.


"Um minuto sem ar. E agora, entendeu o seu valor?

pésem[cabe]ça~

Fato é. Ponto.
Ponto de vista também é, porém pode não ser.
Deus é pra um; não é pra outro.
Provas?
Não.
Pá! Ponto de vista.
Nada interessante.
Fato?
Dúvida.
É fato.
Ponto.


"...você não iria entender mesmo. _ Disse ele."

Tal[vê]z~


É como olhar para os dois lados e nada ver.
Olha-se ao seu, olha-se ao do outro.
O que vê-se não passa de mera vontade, burlada pela desconfiança do que um dia pudera acontecer.
Procura-se, se procura, procura.
A cura nunca vem; não veio até aqui.
O que se quer não se tem, talvez nunca terá.
O que se quer dizer, o que deve ser dito, talvez sim, talvez não, não é proferido, através do som não, nunca foi, talvez nunca será.
Quem deve ler, talvez, jamais lerá.
Quem deve entender, talvez, jamais entenderá.
Talvez um dia a gente se veja.
Talvez você entenda o que é ver.
Talvez eu acorde e te veja, então nada mais haverá, talvez.
Talvez há, talvez nunca houve.
Talvez eu sinta você.
Talvez você me sinta.
Talvez.


"Há aqueles que escrevem apenas pela vontade de ter."

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

pret[obra]nco~


Quando a luz é apagada subitamente, a função dos nossos olhos é acostumar-se à escuridão. Há aqueles que se adaptam de forma rápida, quase tão rápida quanto à velocidade com que a luz se esvai. Existem os que demoram bastante, tanto que, por vezes, a luz retorna e ainda assim, enxergam o negrume, a ausência do que é claro. Claro que também há os que se acostumam à escuridão – os olhos podem até voltar a ver o branco, mas a pessoa ainda é breu, passou a ser, não quis ver. Esses são aqueles que se acomodam; aqueles que se assustam com a idéia de ver melhor. Talvez por medo, porque como sabemos, há lugares que possuem espelhos. Será que são todos os dispostos a verem o seu reflexo? Talvez não. E o pior são olhos que jamais foram escuridão, que jamais foram luz. São os olhos da penumbra qualquer, acostumados e acomodados a viverem à meia-luz, velando uma sombra incompleta, sem ter ao seu dispor sequer uma vela ou um foco luminoso qualquer.


"Um é a luz do outro. O outro?"